A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu as investigações relacionadas a uma professora de 37 anos suspeita de praticar maus-tratos contra crianças de aproximadamente três anos de idade em uma creche municipal situada na cidade de Arcos, no Centro-Oeste mineiro. O caso ganhou repercussão a partir de denúncias recebidas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que solicitou a apuração dos fatos após receber documentos da Secretaria Municipal de Educação relatando episódios de violência cometidos pela educadora no ambiente escolar.
Segundo as autoridades, a professora foi afastada temporariamente de suas funções assim que as primeiras denúncias vieram à tona, para garantir a segurança das crianças enquanto a investigação policial era conduzida. “O caso veio à tona em agosto de 2025, quando o Ministério Público de Minas Gerais solicitou a apuração, anexando documentos da Secretaria Municipal de Educação que relatavam denúncias contra a professora.” Com o aprofundamento das investigações, a Polícia Civil ouviu testemunhas, familiares das vítimas e funcionários da creche, além de analisar imagens e documentos que corroboram os relatos de maus-tratos.
Os depoimentos indicam que a suspeita utilizava métodos de correção que ultrapassavam os limites da disciplina, expondo os alunos a situações de abuso físico e psicológico. “A investigação revelou que a suspeita utilizava métodos abusivos de correção e disciplina, expondo os alunos a situações de risco físico e psicológico.” As crianças, com cerca de três anos de idade, estariam sob os cuidados da professora, que possuía a responsabilidade de zelar pela integridade e segurança delas durante o período em que estavam na instituição.
O inquérito aponta que a educadora “detinha posição de autoridade e dever de vigilância sobre as crianças, mas se excedeu no exercício da função, configurando dolo na conduta.” Em seu interrogatório, a professora negou as acusações, afirmando que suas ações faziam parte da rotina pedagógica, mas as evidências coletadas pela polícia e pelos relatos de pais e funcionários indicam o contrário.
O processo investigativo envolveu a análise minuciosa de mais de cem páginas de documentos, incluindo depoimentos, laudos e registros oficiais. Ao final da apuração, a polícia indiciou a educadora pelo crime de maus-tratos, encaminhando o caso ao Poder Judiciário para as medidas cabíveis. “Cada inquérito policial, com mais de 100 páginas, foi concluído com o indiciamento da suspeita pelo crime de maus-tratos.”
A Prefeitura de Arcos, por meio da Secretaria Municipal de Educação, declarou que está colaborando integralmente com as investigações e reforçou o compromisso com a proteção e o bem-estar das crianças matriculadas nas escolas e creches do município. A gestão municipal ainda informou que medidas preventivas estão sendo adotadas para evitar que situações semelhantes se repitam, incluindo treinamentos para profissionais da área e revisão dos protocolos de atendimento.
Este caso reforça a importância da vigilância constante e da denúncia de qualquer situação que possa colocar em risco a integridade física e emocional das crianças, especialmente em ambientes educacionais, onde a confiança deve ser um valor primordial.
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