Em conversa com a Contigo! Novelas, Karine Teles que visitou o Instituto de Pesquisa e conversou com cientistas para viver Carol em Elas por Elas
Além do desafio de viver sua primeira protagonista em novelas, Karine Teles ainda se deparou com o desconhecido. Para dar vida à neurocientista e fisioterapeuta Carol na novela global Elas por Elas, a
atriz visitou o Instituto de Pesquisa e conversou com cientistas. Em bate-papo com a Contigo! Novelas, ela entregou os desafios que enfrentou ao viver sua primeira protagonista. “Finjo naturalidade”.
Carol é sua primeira protagonista em novelas. Ocupar esse lugar tem um peso?
“Eu não estou pensando sobre isso e acho que o fato de estar muito bem acompanhada por outras
seis maravilhosas atrizes, sete junto com o Lázaro [Ramos] gênio, tira um pouco esse peso da minha
cabeça. Então, penso na Carol, na personagem, é isso que faço todo dia quando venho trabalhar,
estou me dedicando a ela, pensando em como contribuir, como deixar rica, interessante, porque
se a gente ficar pensando nisso a gente pira.”
Como a Carol chegou até você? Foi convite ou você fez teste para o papel?
“Fiz teste. A Dani Pereira, que é produtora de elenco, me ligou perguntando se eu topava fazer
um teste e eu fui amarradona. Fico nervosíssima, mas finjo naturalidade [risos]. Fui para o
teste torcendo muito para que rolasse, porque o fato de ser uma novela com sete mulheres protagonistas é deslumbrante, é o tipo de projeto que eu amo. E quando eu vi que era Carol, que
é uma personagem meio inédita, bem diferente da correspondente dela da versão original, eu
fiquei mais animada ainda.”
A novela é um remake, mas como você disse, seu papel é bem diferente da original. Isso te ajudou? Te deu mais liberdade na hora de compor a sua personagem?
“Totalmente! Tanto que eu nem assisti à primeira versão, quer dizer, eu parei quando entendi que a minha personagem era quase inédita. Eu estava começando a assistir à novela e parei porque a Mila Moreira, que fazia a correspondente da Carol era uma gênia, uma atriz incrível, com carisma, uma beleza, uma mulher maravilhosa. Pensei que poderia ficar influenciada e que poderia acabar me atrapalhando. Nesse sentido, é uma vantagem mesmo poder inventar coisas novas, mas as outras protagonistas também têm seus ineditismos e suas liberdades criativas.”
A Carol é fisioterapeuta e neurocientista. Você fez uma preparação específica para entender sobre esse universo?
“A Carol é neurocientista, ou seja, é uma outra língua de outro planeta [risos]. É um negócio que eu não
tinha conhecimento nenhum além daquela coisa que você lê no Instagram: ‘O neurocientista falou que o sono…’ Então fui pesquisar, tive ajuda de muita gente legal, fui duas vezes no Instituto de Pesquisas, conversei com vários cientistas, pessoas maravilhosas que me abriram a cabeça. Isso está me ajudando quando pego o texto técnico, me ajuda a ter mais ou menos uma ideia do que estou falando, para parecer que eu sei, porque a Carol é uma gênia e no caso eu não sou [risos].”
E a personagem é uma workaholic, trabalha tanto que deixa a vida pessoal de lado. Como é a sua
relação com o trabalho?
“A minha diferença da Carol é que sou mãe, então sou obrigada a separar um tempo para minha vida
pessoal, cuidar dos meus filhos, da minha casa. Mas sou workaholic, eu amo o que faço, gosto de trabalhar, de estudar, de estar no set. Óbvio que fico cansada também, mas eu me identifico bastante com ela nesse lugar do trabalho ocupar uma fatia grande da vida.”
Você fez uma mudança de visual radical para a novela. Curtiu?
“Eu amo! Acho que a caracterização dos personagens para mim é fundamental, porque acho que como a gente se apresenta para o mundo tem muito a ver com quem a gente é, né? A roupa que a gente usa,
o nosso corte de cabelo, como a gente se comporta é como a gente se coloca no mundo. Eu tive muito
apoio da equipe de caracterização e a generosidade da Amora [Mautner, diretora artística da novela] de
experimentar loucurinhas e estou muito feliz com o visual da Carol assim, acho que é perfeito para ela.”