Silvio Santos e Zé Celso lutavam por terreno do Teatro Oficina. Disputa entre os dois chega ao fim após acordo com Prefeitura de São Paulo
Mais de 40 anos após Silvio Santos (1930-2024) e Zé CelsoMartinez (1937-2023) travarem uma batalha por um terreno ao lado do Teatro Oficina, em São Paulo, a Prefeitura de São Paulo colocou fim na confusão. Na década de 1980, o dono do SBT comprou o lote com planos de erguer um arranha-céu para sua empresa, mas isso incomodou o dramaturgo. Nesta sexta-feira (6), o Grupo Silvio Santos firmou um acordo de desapropriação amigável e transição para uma propriedade no bairro Bela Vista.
A decisão entre o Grupo Silvio Santos e a Prefeitura de São Paulo visa transformar o lote em um parque público. Após meses de negociações, a Sisan Empreendimentos Imobiliários, empresa de Silvio Santos, optou por abrir mão da disputa para favorecer o bem-estar da comunidade.
De acordo com Renata Abravanel, presidente do Conselho de Administração do Grupo Silvio Santos, a decisão partiu de um compromisso com a história da empresa, fundada no bairro Bela Vista há 65 anos: “Essa negociação foi uma vontade também dele, em permitir que a comunidade vizinha tenha um novo parque. Desejamos que seja um excelente espaço de convivência e lazer para a população“.
“Agradecemos pelo empenho e pela postura assertiva e técnica adotada pela Prefeitura, tanto na pessoa do Prefeito Ricardo Nunes quanto da Procuradora Geral do Município, Dra. Marina Magro B. Martinez, bem como do Promotor de Justiça, Dr. Sílvio Antônio Marques, pelo esforço em assegurar os recursos para compra do terreno“, acrescentou José Roberto Maciel, CEO do Grupo Silvio Santos.
Nos próximos meses, Prefeitura de São Paulo deverá iniciar um projeto de construção do parque, oferecendo uma nova opção de lazer e convivência para os moradores da região. Para quem não se lembra, Zé Celso e estudantes da Faculdade de Direito do Largo São Francisco criaram o Teatro Oficina. O ator ficou revoltado quando Silvio Santos comprou o teatro ao lado para fazer um arranha-céu, temendo que o prédio prejudicasse o espaço cultural. Para evitar isso, ele entrou com um processo judicial contra o empreendimento.