Desenvolvido pela Escola Superior de Tecnologia da Universidade do Estado do Amazonas (EST/UEA) e incentivado pela empresa Samsung, por meio da Lei de Informática, o projeto Academia Stem ultrapassou a marca de 4,5 mil alunos, de 175 turmas do Ensino Médio, de 22 escolas públicas, capacitados nos últimos cinco anos.
O balanço foi apresentado nesta quarta-feira (26/01), na abertura do Stem Summit, evento anual que apresenta à sociedade os resultados do projeto. Criado em 2020, o Academia Stem tem o objetivo de fortalecer a formação de acadêmicos das Engenharias e Tecnologia e, ao mesmo tempo, atrair novos estudantes para essas áreas.
O reitor da UEA, Prof. Dr. André Zogahib, destaca a importância de projetos que unem a academia e a indústria como forma de gerar emprego e renda no Amazonas, por meio da formação de mão de obra altamente qualificada.
“É com grande satisfação que celebramos os cinco anos do projeto Academia Stem, uma iniciativa que tem transformado a vida de milhares de jovens e contribuído significativamente para o fortalecimento da educação tecnológica no Amazonas. A UEA, em parceria com a Samsung, reafirma seu compromisso com a formação de excelência, preparando nossos estudantes para os desafios do mercado e para as oportunidades do Polo Industrial de Manaus”, afirmou o reitor.
Mais resultados
Desde março de 2020, o Academia Stem também capacitou cerca de 900 estudantes de Engenharia Elétrica, Engenharia Eletrônica, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia da Computação e Engenharia da Produção por meio de 50 cursos nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia, matemática, estatística e física.
Durante a apresentação dos resultados, o diretor da EST/UEA e coordenador-geral do projeto, Prof. Dr. Jucimar Maia Júnior, disse que o Academia Stem transformou estudantes em pesquisadores, garantindo que os alunos tenham acesso a oportunidades de empregos bem remunerados.
O diretor destacou que a taxa de evasão dos acadêmicos bolsistas do projeto caiu mais que a metade, sendo reduzida de 15,2% para 6,7% em cinco anos. Ele aponta, ainda, o crescimento da aprovação de alunos da rede pública de ensino no vestibular da UEA que participaram das ações do Academia Stem.
“Para se ter uma ideia da importância do projeto, cerca de 12% dos alunos de escolas públicas que entraram para a UEA participaram das ações de carretas itinerantes da Academia Stem que vão até as escolas. Isso mostra o quanto a EST e a UEA são referência em projetos de PD&I junto às indústrias. Com isso, conseguimos criar novas oportunidades para os estudantes, que mudaram suas vidas através da educação”, ressaltou.
Oportunidades
Em cinco anos, o projeto também produziu 160 artigos científicos que foram publicados em revistas científicas e anais de eventos da área. A aluna de Engenharia Naval da EST/UEA, Ágatha Batista (21), é uma das participantes, há dois anos. Ela conta que o Academia Stem foi um divisor de águas em sua trajetória universitária.
“O projeto influenciou muito a minha vida acadêmica e profissional. Eu tive contato com o mercado de trabalho, fiz visitas com as indústrias e representantes de empresas. Consegui agregar ao meu curso coisas que só estudei aqui no Stem. Então, me sinto mais preparada e confiante. Obrigada, Academia Stem, por esses anos que me prepararam para o mercado de trabalho e a graduação”, afirmou a estudante.
Sobre o projeto
Fundado em 2020, o Academia Stem (sigla em inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) funciona num complexo de 1,5 mil metros quadrados e três andares dentro da EST/UEA, com laboratórios, salas de aula, espaços interativos e ambientes de convivência.
Além disso, possui dois laboratórios móveis instalados em carretas totalmente adaptadas que levam cursos e treinamentos em temas como robótica, programação e indústria 4.0 a alunos do Ensino Médio da rede estadual.
O Academia Stem é composto por três pilares, cada um com um foco distinto, sendo: Pilar Atração, de incentivo ao ingresso nos cursos da EST/UEA; Pilar Permanência, com oferta de bolsas de estudo para reduzir a evasão escolar; e o Pilar Excelência, que potencializa a sintonia entre os cursos da instituição com as demandas das indústrias instaladas no Amazonas.