Condenada pelo assassinato do marido em 2021, Flordelis revela problemas de saúde na cadeia; em carta, pastora pede ajuda
Na última quarta-feira (19), a equipe de Flordelis divulgou, em suas redes sociais, uma carta da pastora e ex-deputada. Condenada a 50 anos de prisão pelo assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, a mulher relatou que enfrenta sérios problemas de saúde dentro da cadeia.
O que disse Flordelis?
Flordelis, que cumpre pena na Penitenciária Talavera Bruce, no Complexo Penitenciário de Bangu, Rio de Janeiro, descreveu que enfrenta uma série de questões de saúde, incluindo crises de pânico, convulsões, depressão e incontinência urinária. A carta foi enviada ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, sendo anexada ao processo de execução penal da mesma.
“Quando eu cheguei à penitenciária, fui diagnosticada com síndrome do pânico, fobia social, depressão e crises convulsivas. Passei dez dias no isolamento e só fui retirada porque desmaiei. Quando acordei, estava sozinha, com a testa sangrando, e precisei me arrastar até a cama”, disse ela.
Queda na prisão
A pastora revelou que sofreu uma queda na prisão, o que resultou em fraturas na cabeça, no rosto e nos dentes. “Tenho dificuldade para comer porque não consigo mastigar. Preciso de ajuda. Estou presa por um crime que não cometi, mas hoje necessito de auxílio para algo que é um direito de todo ser humano: a saúde”, falou.
Na carta, Flordelis também alega que, há 30 anos, teve uma amnésia total, mas não recebeu o tratamento adequado. Hoje, afirma sofrer com lapsos de memória e não possuir mais contato com a família biológica. “Atualmente, minha irmã mais velha, dona Laudicéia, me visita sempre que pode. Foi através dela que soube que já tive algumas internações em um hospital psiquiátrico no Centro do Rio”, pontuou.
Pedido à Justiça
A ex-deputada explicou que precisa realizar três exames com urgência: holter, ultrassonografia total do abdômen e raio-X da cabeça e do rosto. Renato Loureiro, advogado da detenta, assinou o requerimento e destacou a urgência da situação como argumento para conseguir a prisão domiciliar humanitária: “Flordelis está morrendo na prisão. Precisa sair urgentemente para se tratar com médicos particulares”, falou.
Confira carta na íntegra:
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