Autora do remake de Vale Tudo, Manuela Dias confessa ter criado perfil falso em rede social para ver críticas sobre seu trabalho
Autora do remake de Vale Tudo na Globo, Manuela Dias contou sobre como tem lidado com as críticas que está recebendo durante o desenrolar da trama. Ainda nos desdobramentos do capítulo 50, a autora confessou ter criado uma conta falsa para acompanhar os comentários, apesar de ficar constantemente irritada com tudo o que lê na web.
Em entrevista durante o Rio2C 2025, nesta quarta-feira (28), a contratada da Vênus Platinada desabafou sobre o ônus da profissão. “Essa coisa que o hater é o novo lover, tem essa confusão agora, essa coisa do engajar…”, iniciou.
“Fico alucinada de ódio. Aí tenho uma conta fake no Twitter… Totalmente maluca. Isso porque não tenho esse distanciamento, nem maturidade… Mas gosto de ouvir, o que é possível, porque a forma de engajar está complicada. É muito violenta, louca, catártica, a galera está pirando geral”, confessa.
Apesar de ficar abalada com as críticas, Manuela Dias não deixa de acompanhar: “Quando [entro no] o meu fake, no Twitter (X), leio coisas horrorosas que não sou capaz de falar, de repetir, de xingamento, é muito desafiador ouvir. A forma é tão pesada, que falo: ‘Caramba, que dificuldade minha de destilar isso e realmente ouvir’. E tem gente maravilhosa, engraçada, incrível e que fala coisas ótimas”.
No bate-papo, ela também falou sobre os dilemas vividos pela personagem de Bella Campos: “Ela dialoga – no sentido de fazer sucesso -, porque é uma geração que quebrou o elo entre trabalho e geração de dinheiro. É uma geração que viu suas avós trabalhando, seus pais trabalhando e não rolou”.
“Eles continuam no mesmo ponto. Essa geração pensa assim: ‘Não sei como é, mas com certeza não é trabalhando. A minha avó trabalhou, a minha mãe trabalhou… Então, assim é sendo influencer’. E ser influencer é a bola da vez. Vi uma pesquisa que 75% dos jovens querem ser influencers, e assim: quem vai construir casa? Quem vai fazer as cirurgias? Fazer uma comida se todo mundo ficar postando?”, indaga a autora.
“Isso quer dizer que essa geração está buscando. Historicamente, trabalhar não garantiu nada para ninguém, para essas famílias… Não é que eles são vagabundos, que querem ficar postando o dia inteiro. Esses caras estão em dúvida, em busca ansiosa, de uma resposta que vai dar conta da sobrevivência deles. Não é um olhar de cima pra baixo, mas olhar querendo [algo que] é muito difícil”, finaliza.
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