Uma novela da Globo estreou com uma trama promissora, porém se perdeu logo após o início e acabou com a audiência em queda ao longo da exibição
Há sete anos, O Tempo Não Para estreava nas telinhas da Globo e tentava emplacar uma trama envolvente sobre uma família – e outros personagens – de séculos atrás que acabava descongelada nos dias atuais e enfrentava a modernidade. No entanto, a obra se perdeu no enredo e a audiência entrou em queda, mesmo com alguns personagens carismáticos.
Audiência em queda
Protagonizada por Juliana Paiva como Marocas e Nicolas Prattes como Samuca, a novela tinha o grande diferencial de trazer o choque cultural entre personagens do passado e do mundo moderno, com o romance do casal de diferentes realidades. Nilson Xavier, do Teledramaturgia, pontuou que em dois meses, isso não era mais um destaque – afinal, os integrantes do núcleo do passado, já estavam modernizados.
No ar por seis meses, a audiência enfrentou quedas. Além do período de final de ano, a trama não prendia mais grande parte do público. Xavier ainda pontua que, dos 28 pontos de média em São Paulo durante o primeiro mês de exibição, a obra caiu e parou em 21 pontos em seu último mês. A meta para o horário das 19h era de 25. A média final entregou 24 pontos, sendo a menor desde 2015, quando o mesmo autor, Mário Teixeira, tinha a trama de I Love Paraisópolis chegando ao fim.
Nem tudo foi ruim!
Destacaram-se as atuações dos protagonistas e de Edson Celulari como Dom Sabino. Além disto, outros grandes nomes estiveram presentes, como Cristiane Torloni, Solange Couto, Regiane Alves e Milton Gonçalves. O texto de Mário Teixeira também se destacou pelas críticas sociais de forma espirituosa e divertida, como pontuou Nilson. Entre algumas destas, estiveram a corrupção política, o machismo e o racismo.
Por fim, uma curiosidade que chamou a atenção: Celulari esteve em A Casa Fantástica em 1979, na TV Tupi. A obra tinha a mesma premissa: uma família do século 19 que tinha que se adaptar à modernidade.
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