Após barbárie entre torcidas organizadas nas ruas de Recife, os governos federal e de Pernambuco, junto aos clubes, tomam medidas para conter violência
O Recife foi palco de mais um episódio de violência extrema entre torcidas organizadas no último sábado (1º de fevereiro de 2025). Confrontos entre torcedores de Santa Cruz e Sport deixaram 12 feridos e resultaram na prisão de 14 pessoas. Os episódios, marcados por brigas, vandalismo e tumulto nas ruas, ocorreram horas antes do clássico entre as equipes no estádio do Arruda.
O que o governo federal disse?
O Ministério do Esporte divulgou uma nota oficial repudiando os episódios de violência registrados nas ruas de Recife antes do clássico entre Santa Cruz e Sport. No comunicado, a pasta destacou que os confrontos entre torcidas organizadas não representam os valores do esporte, que devem ser pautados pelo respeito, união e convivência pacífica.
Segundo o governo federal, o futebol é uma manifestação cultural que mobiliza paixões e deve ser um espaço de confraternização para os torcedores. O ministério ressaltou que transformar esse ambiente em palco de violência prejudica a imagem do esporte e afasta as famílias dos estádios.
A nota reforça a necessidade de uma investigação rigorosa e da responsabilização dos envolvidos, além de defender ações coordenadas entre autoridades públicas, clubes, federações e torcedores para evitar novos episódios de violência.
Jogos com cadeiras vazias?
O Ministério do Esporte também mencionou a campanha “Cadeiras Vazias”, lançada no final do ano passado, com o objetivo de promover o debate e unir todos os envolvidos na luta pela paz nos estádios. O governo federal segue acompanhando o caso e reforçou a necessidade de medidas concretas para garantir a segurança do público nos eventos esportivos.
Quais medidas o estado tomou?
Diante da situação, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, determinou a proibição da presença de torcedores nos próximos cinco jogos de ambos os clubes, independentemente da competição. Além disso, novas medidas de segurança foram anunciadas, incluindo cadastramento biométrico e reconhecimento facial para quem frequenta os estádios.
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) apoiou a decisão e recomendou que os clubes reforcem o controle de seus torcedores. O secretário de Defesa Social, Alessandro de Carvalho, enfatizou a necessidade de um monitoramento mais rígido na comercialização de ingressos e no acesso aos jogos.
O que os clubes disseram?
Os clubes também se manifestaram. O Santa Cruz Futebol Clube condenou os atos violentos e afirmou que colaborará com as autoridades para erradicar esse tipo de comportamento do futebol pernambucano. Já o Sport Club do Recife demonstrou preocupação com a penalização dos torcedores que não participaram dos conflitos, mas garantiu que seguirá todas as medidas de segurança.
As autoridades seguem investigando os envolvidos nos confrontos e avaliam a implementação de novas estratégias para reforçar a segurança nos estádios. O objetivo é garantir a paz no futebol e evitar que episódios de violência como este voltem a acontecer.
Veja as notas divulgadas pelos clubes:
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